O cotidiano muitas vezes é tão corrido, ou mesmo pelo exacerbado egocentrismo que compõe a alma do ser humano aos moldes de uma sociedade da competição; que; nem mesmo percebemos as pessoas ao nosso redor. Passar pela rua e ver um mendigo, fruto de um sistema excludente, e nos questionarmos sobre o que pensa aquela criatura, que desejos ele almeja, o que o levou a essa condição. É uma situação pouco provável. Até que quase como um grito, nas paredes da cidade de Petrolina me chamou a atenção algumas frases escritas a giz ou a carvão, são mais que paredes rabiscadas e mesmo com erros de português horrendos, é uma forma de dizer, curto e claro,eu existo! Supostamente conhecido como seu Manoel um mendigo tem conseguido tal feito, sendo que este tem escrito diversas frases em paredes da cidade de Petrolina-Pe, mais especificamente nos bairros Areia Branca e Vila Eduardo. Confiram as fotos e tirem suas conclusões.
Uns irão chamá-lo de louco, eu de profeta!
"A ti peço, Deus, me faça aborrecer as coisas ruins e obrigado Papai do Céu".
Promete e cumpre!
"Eu obedeço aos sinais de trânsito está ok?" message failure
Informe de utilidade pública (por isso precisou montar): "É de encostar carro pesado".
"Eu condeno o roubo e quero em
enriquecer no jogo"
COMO DEVEMOS AVALIAR NOSSOS ALUNOS?
A avaliação escolar, em diversas escolas, tem servido como punição para os alunos. A expressão “na prova vocês me pagam” tem sido proferida por diversos educadores quando exigem disciplina dos alunos. No entanto, a avaliação, dessa forma, tem caráter excludente, já ela assume esse papel e vai classificando o aluno que não atingiu satisfatoriamente a média como “menos capaz”, quando, na verdade a avaliação deve ser tratada como uma maneira de avaliar a forma como o conteúdo deve ser ensinado pelo professor, a direção a ser tomada, já que o erro do aluno tem sempre algo a ensinar ao educador.
Quando o aluno erra, é necessário que o educador faça uma auto-avaliação sobre os métodos de ensino aplicado.
Outro fator preocupante na educação escolar é o fato da massificação do planejamento do ensino. Ou seja, ele é direcionado para a quantidade de alunos total da turma quando deveria ser planejada para o individual, já que as turmas apresentam sujeitos heterogêneos. Assim, para Paramount (2000), o fracasso do aluno é um julgamento institucional, não se pode acreditar na avaliação da escola. O autor se refere ao fato da escola formular seus métodos de avaliação muito efêmeros; em síntese, ela ensina e avalia para a prova simplesmente, é assim um aprendizado passageiro.
O avaliar deve servir ao educador como uma ferramenta para que cada um possa aprender, a esse respeito ainda, salienta, (Perrenoud, p. 165, 1999), “O importante não ‘é fazer como se’ cada um houvesse aprendido, mas permitir a cada um aprender”. Assim, é necessário deixar o “faz de conta” das notas e passar a tratar a avaliação como humanizada e respeitando a individualidade de cada aluno.
Os instrumentos utilizados para a avaliação também necessitam de reflexões. Se for prova, (de comum utilização em todas as escolas) é preciso questionar-se de que modo e como ela deve ser elaborada. Um exemplo de má utilização desse instrumento é quando esta não vem contextualizada exigindo uma memorização exacerbada dos conteúdos. Outro fator não menos importante é o fato de não haver diversificação nos métodos de avaliação. Assim, é necessário mais de um método de avaliação da aprendizagem.
Para Libaneo (1994), a avaliação deve estar centrada em ajudar o aluno a aprender e ao professor a ensinar, é fundamental que o educador, ao elaborar a avaliação, tenha em mente o objetivo ao qual deseja alcançar, e ainda utilizar o instrumento mais adequado.
A função da avaliação é dar a possibilidade do aluno descobrir seus avanços e dificuldades. Daí a importância desta ser feita corretamente.
Em seu Livro “A avaliação da aprendizagem escolar” (1999), Luckesi, distingue a aprendizagem em “domínios” e “desenvolvimento” Assim, “domínios” é algo que deve todo aluno possuir, é o essencial, contudo, dito, “desenvolvimento” é algo para o aluno conseguir desenvolver além do conteúdo e levá-lo para aplicabilidade do cotidiano. “questões de desenvolvimento são aquelas que colocam frente ao estudante problemas novos, para a solução das quais, necessita de servir-se dos conteúdos do “domínio” Luckesi (p.5 1999). Em resumo, as avaliações devem ajudar o aluno a resolver problemas novos, e assim, ir além dos seus domínios.
Uma crítica acerca da avaliação é crucial para a obtenção de uma educação de qualidade, que não vê apenas número, mas o humano. É necessária, por avaliação estar intrínseca de aprendizagem, portanto avaliar é definido aqui como aprender.
Os autores norteadores desse estudo são: José Carlos Libâneo, doutor em filosofia e história da educação dirigiu varias instituições. É autor de seis livros, entre eles democratização da escola pública- a pedagogia crítica-social dos conteúdos. Um professor que por sua proposta de uma educação libertadora teve seus direitos políticos cassados durante a ditadura militar no Brasil Hoje é consultor do CNPq e CAPES e esta ligado a várias associações sindicais. Uma boa proposta para quem busca uma mudança radical na forma como a educação é feita nesse país; Cipriano Carlos Luckesi é Bacharel em Teologia, Licenciado em Filosofia, Mestre em Ciências Sociais Doutor em Educação, Filosofia e História da Educação, Psicoterapeuta em Biossíntese. Entre seus mais de 12 livros publicados está “A avaliação da aprendizagem escolar.” Seus livros são essenciais para quem deseja realizar uma avaliação escolar humanizada e Philippe Perrenoud, é um suíço sociólogo, escritor de diversos livros sobre educação escolar, é atualmente um dos autores mais lidos no Brasil. O sucesso de suas obras diz respeito ao fato do uso de linguagem simples e objetiva sobre temas aparentemente complexos como é o caso da avaliação escolar.
5 de Junho de 2010
Professora Luciana Souza
Graduada em Geografia pela UPE- Campus Petrolina
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