O AGRONÉGOCIO E A LUTA PELA TERRA DE TRABALHO


O AGRONÉGOCIO E A LUTA PELA TERRA DE TRABALHO
LUCIANA SANTOS SOUZA- UNIVERSIDADE DE PERNABUCO – UPE/ CAMPUS PETROLINA. LUCIANASOUZA@ZIPMAIL.COM.BR. ORIENTADORA: PROFª. MS RAIMUNDA ÁUREA DIAS DE SOUSA



A presente pesquisa baseia-se na realidade que se encontra a cidade de Petrolina PE, pois a política adotada pelo Estado referente à reforma agrária tem beneficiado muito mais a elite empresarial do que os trabalhadores Sem Terra. Os mesmos ao ocuparem as terras nos arredores dos Perímetros Irrigados vêm a público mostrar sua indignação e resistência diante das novas formas de exploração denominada pelo Estado capitalista de “desenvolvimento”. Dessa forma, prioriza-se o cultivo da monocultura voltado para o mercado externo em detrimento da agricultura camponesa. Nesse sentindo, esse trabalho objetiva analisar a luta e resistência dos Trabalhadores Sem Terra no Perímetro Irrigado Pontal Sul, na cidade de Petrolina PE, e as estratégias utilizadas pelo Estado para desapropriá-los. O camponês vivencia a opção clara ao agronegócio - modelo que expropria os trabalhadores de sua dignidade deixando-los livres para exploração capitalista, além de promover impactos ambientais na natureza. Tomou-se como referencia para esse estudo os sujeitos sociais e o Estado, com a finalidade de entender como e de que forma os conflitos se ascendem já que os interesses são de diferentes, pois ao passo que o Sem Terra luta pela terra da liberdade e da autonomia, o Estado beneficia empresas em nome do lucro e da riqueza. O que se tem percebido é que o agronegócio não cala a esperança, o sonho da terra da vida, terra de trabalho. Assim, ainda que o Estado representado pela CODEVASF junte-se ao poder judiciário para tirá-los da referida área que será uma grande obra, a resistência camponesa cobra desse mesmo Estado uma posição para que a vida seja garantida.

Palavras Chaves: Agronegócio; Estado; Sem Terra.

* Este trabalho foi aprovado pelo SEMILUSO- SEMINÁRIO LUSO-BRASILEIRO SOBRE AGRICULTURA FAMILIAR E DESERTIFICAÇÃO.



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Véspera


Véspera 16/03/06

Às vezes a chuva cai...
E cai plácida ou tempestuosa,
Numa demonstração lúcida
Que até as coisas mais altas
Acabam caindo um dia,

Mas se for sonho!
Sublimam-se,
E como chuva
Vão recompor as nuvens,
Na certeza que um sonho
Não acaba apenas recomeça!

Nem um ser humano vive apenas o instante...
Se de sonho se compõe
Compara-se ao rio
Que corre na esperança
De desaguar no mar

E se deságua...
Não foi por que seu percurso
Foi vaziu, sem obstáculos,
Ou muito menos por que lutou sozinho,
Pois um rio não seria um rio
Sem suas margens!
Assim como não sou nada sem vocês...
Diletos amigos!




"gosto muito dessa poesia, a fiz para todas as pessoas que amo, um dia antes do meu aniversário, é por este motivo que o nome é Véspera."


Luciana Souza

Qual é a nossa cara?



Qual é
a nossa
cara?




É comum ouvirmos dizer que uma canal de TV tem tudo a ver com você ou mesmo assistirmos um programa com um titulo sugerindo ser “Mais Você”. No entanto mesmo se intitulando desta forma, tais programações parecem esquecer-se que temos composto em nosso país 6,2 % da população que auto se declara negra, que provavelmente estes não se reconhece ao assistir programas como estes . Poderia perguntar aos caros leitores, quantos programas infantis conhecem que tenham uma apresentadora negra? Quantos repórteres âncoras conseguem lembrar-se? Posso apostar que a resposta certamente é nem um ou quase nem um. Outro dia observei a quantidade de negros protagonistas de novela. A única novela que me recordei chamava-se “Da cor do Pecado”, Ou seja, quando não estão representando escravos ou empregados são evidenciados com um titulo de novela no mínimo ofensivo. É importante ressaltar que não quero sugerir que todas as apresentadoras ou protagonistas sejam negras ou mesmo pregar o ódio entre as diferentes etnias, mas queremos apenas dizer que a nossa cara não é apenas composta com olhos azuis ou pele clara, que é preciso que todos reconheçam-se diante da TV , como importantes dentro do contexto social e político deste país. É necessário que as pessoas acordem para esse racismo camuflado que assistem todos os dias em que as pessoas são avaliadas pela sua cor.

Professora Luciana Souza